Hoje a humanidade enfrenta alguns dilemas, sendo que o principal deles
é: como continuar melhorando a qualidade de vida das pessoas sem extrapolar os limites do
meio-ambiente? A resposta poderia ser simples, não fossem os interesses difusos
e as múltiplas ideologias existentes em todas as sociedades.
É indiscutível que
houve um enorme avanço no nível de bem-estar médio dos habitantes do planeta,
principalmente à partir da Revolução Industrial, no entanto, muito disso foi
conquistado às custas de um uso desordenado dos recursos naturais,
principalmente para gerar a energia necessária para sustentar o crescimento
econômico, sendo que hoje, a natureza já está cobrando o seu preço, basta
observar os impactos resultantes das mudanças climáticas. Já que citei o
crescimento econômico, será que ele continua sendo extremamente essencial para
promover melhorias na qualidade
de vida? Será que é
possível manter o mesmo ritmo de criação
de riqueza alcançado até
aqui?
Na minha opinião o
modelo que aparentava sucesso no passado não é mais compatível com os desafios que
temos pela frente. Teremos que encontrar uma nova forma de compatibilizar o
capitalismo com a sustentabilidade do planeta, sem deixarmos de ser
progressistas. Não tenho uma resposta definitiva e completa para o problema,
mas, com certeza, a solução passa pelo aumento da produtividade agrícola e industrial, pela
redução do desperdício, pela reciclagem e, principalmente pela substituição da
matriz energética global, sendo que todos estes itens dependem fortemente do
aumento de investimentos
em educação e incentivos
à geração de inovações tecnológicas em todas as partes do globo, ou seja,
investimentos supra-nacionais.
Como já deixei
claro acima que acredito no capitalismo como o sistema econômico viável, não
posso deixar de abordar outra questão essencial para se obter resultados
satisfatórios em relação ao meio-ambiente: Se uma das leis do capitalismo
relaciona a oferta com a procura, se queremos equilibrar a oferta para garantir
a sustentabilidade, temos que trabalhar para nos acostumarmos com uma queda da
demanda, ou seja, precisamos nos tornar e criar nossos filhos para que sejam
menos consumistas!
Hoje já está comprovado empiricamente que à partir de um certo nível de renda, a redução das desigualdades
contribui mais para o bem-estar de uma sociedade do que o crescimento
econômico. Será que o caminho não é por aí?
Nenhum comentário:
Postar um comentário